HISTÓRIA ADMINISTRATIVA/BIOGRÁFICA/FAMILIAR

Concelho: Benavente

Localidade: Samora Correia

Orago: Nossa Senhora da Oliveira

Lugares: Alto Catalão, Arneiro das Pedras, Arneiro dos Ciganos, Belmonte, Braço de Prata, Brejo,
Cabeço da Marinha, Camarate, Carregueira, Carro Quebrado, Catapereiro, Espragueira, Espragueira
de Cima, Esteval da Curta, Fontainhas, Fonte do Lobo, Malhadas de Meias, Malhadinhas, Monte
Cabido, Pancas, Paul da Vala, Porto Alto, Samora Correia e Samorena.

Casais/Montes: Arneiro Grande, Formiga e Paul de Belmonte.

Quintas: João Folheiro, Monte Bernardo, Murteira e Quinta dos Gatos.

Sítios: Ameixial, Cafarro, Herdeiros, Meloal do Contrato e Paul das Lavouras (AC).


Data de 1295 a primeira menção escrita a Samora Correia. Em 13 de abril de 1510 recebeu foral dado por D. Manuel I. O antigo concelho de Samora Correia aparecia em 1527, no Cadastro, com uma só freguesia, de invocação de Nossa Senhora da Oliveira, priorado da Ordem de Santiago. O rei recebia as sisas e as terças e o Bispo de Évora recebia o quarto dos dízimos. A alcaidaria, a jurisdição e as rendas estavam sob a alçada do Mestre da Ordem de Santiago.
Pertenceu à Casa de Aveiro até 13 janeiro de 1759, data em que é supliciado o 8.º duque de Aveiro, 8.º conde de Santa Cruz e 5.º marquês de Gouveia, por alegadas implicações no atentado a D. José I, a 3 de setembro de 1759, passando para a Coroa. O pároco era prior apresentado pela Mesa da Consciência e Ordens, com confirmação régia, de entre freires da Ordem de Santiago.
A paroquial tinha ainda dois beneficiados da mesma Ordem nomeados da mesma forma. Tinha Misericórdia e cinco ermidas, a saber: do Espírito Santo, na vila, onde os irmãos da Misericórdia faziam os seus atos, de Santa Ana, perto da vila, pertencente a José de Magalhães e Brito, escrivão do crime da cidade de Lisboa, de Nossa Senhora de Guadalupe, a um quarto de légua, administrada pela Câmara, pertencente à Mesa da Consciência e Ordens, de São João de Belmonte, a duas léguas, pertencente e administrada pela Casa de Aveiro e a do Senhor Jesus, também a duas léguas, na quinta de Pancas, pertencente a D. Rodrigo de Noronha. Acorriam romagens às de Nossa Senhora de Guadalupe e do Espírito Santo.
Atualmente esta paróquia pertence à diocese de Évora, arciprestado de Coruche.

HISTÓRIA CUSTODIAL E ARQUIVÍSTICA

Em geral, os originais estiveram na posse da igreja paroquial até 1859. O decreto de 19 de agosto do dito ano ordenou que os livros e documentos de registo paroquial fossem arquivados nas Câmaras Eclesiásticas, ficando os duplicados guardados nas paróquias. O decreto de 18 de fevereiro de 1911 (DG nº 41, de 20 de fevereiro de 1911) que instituiu o Registo Civil obrigatório, ordenou que os livros de registo paroquial existentes nas Câmaras Eclesiásticas, bem como os originais e duplicados, conservados pelos párocos, à medida que cessassem funções nas respetivas paróquias, fossem transferidos para as competentes Conservatórias do Registo Civil. Em 1916 (decreto n.º 2225, de 18  de fevereiro), com o fim de recolher os registos paroquiais, nos termos do decreto nº 1630 de 9 de junho de 1915, é criado o Arquivo dos Registos Paroquiais, Registo Civil, anexo ao Arquivo Nacional, que pelo decreto de 18 de maio de 1918, era também arquivo dos distritos de Lisboa e Santarém.
Com sede no extinto paço episcopal de São Vicente de Fora é transferido, em 1953, para um rés­ do chão na Rua dos Prazeres,
e em 1972 para o Arquivo Nacional da Torre do Tombo, no Palácio de São Bento, onde permaneceu até 1990, data da transferência e inauguração do edifício próprio no Campo Grande. O Arquivo Distrital de Santarém, criado pelo decreto n.º 46.350, de 22 de maio de 1965, inicia funções em 1974. Permanecem na posse do Arquivo Distrital de Lisboa (Torre do Tombo) originais até meados do séc. XIX e duplicados até à criação do Registo Civil obrigatório.